quarta-feira, 6 de julho de 2011


Final de tarde, o céu conjuga em seu infinito as sombras de um amor, aquele de cores disfarçadas, de tons invisíveis, de misturas fracas, aquele que não pode se manifestar, não pode se mostrar, não pode ser praticado. Num espaço fechado, momento nosso, as cores invadem, dão ao amor tom e vida, radiam força e poder e as vontades batem na porta, indagam e impõe impaciência. O querer te acariciar formiga por entre os dedos estando tão perto de sua presença, os lábios queimam por ânsia de se aproximar de tua pele, e o corpo amolece fazendo charme querendo teu aconchego. Rápidos flashs, curtos segundos, necessários e precisos espaços de tempo que me permitem captar o teu sorriso bobo e a expressão singela de tua face, o teu jeito desengonçado de se mover e gesticular, de falar e de me olhar, de querer e desejar, ter por perto e não se realizar. O ar circundante mostra o final da tarde a chegada da noite, interrompe o arco-íris de sensações e como encerramento de cena, faz os corpos se juntarem e num envolver de braços sentir o calor da vontade, o cheiro do querer, e a felicidade estampada no rosto por ao menos experimentar o prefácio das páginas de um amor teoricamente realizado, praticamente enfatizado. 




Escrito por: KeilaBispo'

Nenhum comentário:

Postar um comentário